Uma tecnologia já usada para o controle biológico de pragas pode ser aplicada para diminuir ou neutralizar o mosquito transmissor da dengue. Isso é o que propõe a startup paulista Birdview, que utiliza drones com insetos ou agentes biológicos para controle de pragas nas lavouras.

Os insetos são colocados dentro de módulos acoplados em drones e são soltos de forma controlada para que eles não sofram estresse e sejam competitivos. A pesquisa e desenvolvimento da tecnologia tem apoio da Fapesp e da Embrapa Instrumentação.

Essa tecnologia existe há oito anos e é utilizada para combater pragas em lavouras de cana de açúcar e de soja, por exemplo; e a tecnologia de drones também é utilizada para soltura de sementes com fins de reflorestamento ambiental.

Ricardo Machado, cofundador da startup, explicou as vantagens do controle biológico de pragas sobre os inseticidas tradicionais.

Atualmente, existem duas tecnologias para esterilização do Aedes aegypti. Uma é utilizando a radiação nuclear para esterilizar o macho; outra, desenvolvida pela Fiocruz, é o uso de uma bactéria, a Wolbachia, que inibe e impede a transmissão do vírus da dengue. 

Ricardo Machado afirmou que tem feito testes com produtores de mosquitos Aedes aegypti estéreis por meio de radiação nuclear em áreas menores.

Em março do ano passado, a Fiocruz anunciou investimentos de mais de R$ 100 milhões em uma fábrica de mosquitos com a bactéria, mas ainda não há definição de onde será essa fábrica.



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