As forças de paz da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ficaram atrás de uma barreira de arame farpado que impedia a aproximação de manifestantes do lado de fora de uma prefeitura no Norte do Kosovo, onde dias de agitação levaram a aliança militar a enviar tropas adicionais para conter a violência.

Após confrontos na segunda-feira (29) em Zvecan durante os quais 30 soldados da Otan e 52 manifestantes sérvios ficaram feridos, a Otan disse que enviaria mais 700 soldados a Kosovo para reforçar a missão de 4 mil soldados. Não está claro quando os soldados chegarão.

Soldados poloneses da Otan montaram guarda na prefeitura de Zvecan nesta quarta-feira (31), enquanto manifestantes do outro lado da cerca agitavam uma grande bandeira sérvia sob aplausos e assobios.

Eleições e boicote

A agitação regional se intensificou após as eleições de abril que os sérvios boicotaram, reduzindo o comparecimento para 3,5% dos eleitores e deixando a vitória de quatro prefeituras de maioria sérvia para candidatos de etnia albanesa.

Esses prefeitos de etnia albanesa foram empossados ​​na semana passada, em uma decisão que estimulou a repreensão dos Estados Unidos e aliados ao Kosovo, na sexta-feira.

O prefeito de etnia albanesa de Leposavic, outra cidade do Norte de Kosovo, permanecia no edifício municipal nesta quarta-feira desde segunda-feira, depois de entrar no local em meio a manifestações sérvias. Ele não pôde ser imediatamente contatado para comentar.

“Embora eles possam ter sido legalmente eleitos, não consideramos sua eleição legítima”, disse Dragan, sérvio que vive em Leposavic, à Reuters nesta quarta-feira.

“Estamos pedindo o que a comunidade internacional está pedindo – que eles sejam removidos daqui pacificamente”, afirmou ele.

Reportagem adicional de Ivana Sekularac

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