O tufão Yagi, a tempestade mais poderosa da Ásia neste ano, deixou dezenas de mortos no norte do Vietnã e danos generalizados à infraestrutura e às fábricas enquanto se deslocava para o oeste, segundo estimativas preliminares do governo nesta segunda-feira (9).

Quarenta e seis pessoas morreram e 22 estavam desaparecidas, principalmente devido a deslizamentos de terra e inundações provocadas pelo tufão, informou a Agência de Gerenciamento de Desastres do Vietnã.

O tufão atingiu no sábado (7) a costa nordeste do Vietnã, onde estão localizadas grandes operações de produção de empresas nacionais e estrangeiras. Ele foi rebaixado para depressão tropical no domingo, mas a agência meteorológica alertou hoje sobre novas enchentes e deslizamentos de terra.

O Yagi causou corte de energia em milhões de residências e empresas, inundou rodovias, interrompeu as redes de telecomunicações, derrubou uma ponte de médio porte e milhares de árvores e paralisou a atividade econômica em muitos centros industriais.

Gerentes e trabalhadores de parques industriais e fábricas em Haiphong, uma cidade litorânea de 2 milhões de habitantes, disseram que não tinham eletricidade e que estavam tentando salvar equipamentos de fábricas onde o telhado de chapa metálica havia sido levado pelo vento, em meio à previsão de mais chuvas.

“Todos estão se esforçando para tornar as instalações seguras e os estoques secos”, disse Bruno Jaspaert, chefe das zonas industriais DEEP C, que abrigam fábricas de mais de 150 investidores em Haiphong e na província vizinha de Quang Ninh.

As paredes de uma fábrica em Haiphong, da LG Electronics, desabaram, de acordo com fotos e uma testemunha da Reuters.

Uma das principais fabricantes de eletrodomésticos e eletrônicos, a LG Electronics disse que não houve vítimas entre seus funcionários e reconheceu os danos em seu local de produção, observando que um depósito com geladeiras e máquinas de lavar havia sido inundado.

“Muitos danos”, disse Hong Sun, presidente da associação comercial sul-coreana no Vietnã, quando perguntado sobre o impacto do tufão nas fábricas coreanas em áreas costeiras.

Um gerente de fábricas arrendadas confirmou danos generalizados aos telhados e cortes prolongados de energia nas províncias do norte.

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