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Vacina BCG não protege profissional de saúde de covid-19, diz estudo


Estudo internacional conduzido em diversos países – incluindo o Brasil – concluiu que a vacina BCG, usada para combater a tuberculose, não protege profissionais de saúde contra a covid-19. Os resultados foram publicados no periódico The New England Journal of Medicine. No Brasil, a pesquisa foi conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

O estudo envolveu 3.988 profissionais de saúde recrutados em um total de 36 localidades. Os resultados mostram que o risco de desenvolver um quadro sintomático de covid-19 no grupo que recebeu a BCG, seis meses depois, foi de 14,7%, contra 12,3% entre os profissionais de saúde que receberam placebo.  

Em nota, a Fiocruz informou ainda que a pesquisa não conseguiu determinar se o imunizante reduziu hospitalizações e óbitos em razão do baixo número de participantes que desenvolveu quadros graves de covid-19. Profissionais de saúde foram priorizados na vacinação contra a covid-19 e as doses reduzem casos graves e mortes. 

Uma pesquisa anterior havia demonstrado que a BCG aumentaria a imunidade inata (que nasce com a pessoa) em crianças e protegeria adolescentes e adultos de infecções respiratórias. “Esperava-se que a vacina pudesse ser reposicionada temporariamente até que vacinas específicas para a doença pudessem ser desenvolvidas e testadas”, destacou a Fiocruz. 

Segundo os pesquisadores, a análise dos dados segue em andamento, com resultados adicionais sobre os efeitos da BCG previstos para o final do ano – incluindo o impacto da vacina em outras infecções, como doenças respiratórias, e nas respostas a doses específicas contra a covid-19.  

“A equipe de pesquisa usa também as amostras de sangue dos participantes para tentar descobrir biomarcas para o risco de covid-19”, destacou a Fiocruz. 



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