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domingo, maio 5, 2024
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Brinco da Marquesa celebra as festas brasileiras em desfile leve e de fácil leitura do enredo


A Brinco da Marquesa foi a terceira escola a desfilar neste sábado pelo Grupo de Acesso II. Com destaque para o agradável samba e simpáticas fantasias e alegorias, a escola fez uma apresentação simples, com potencial para se manter na divisão, finalizando o desfile com 48 minutos. O enredo apresentado foi “É Festa!! No Brasil é alegria o ano inteiro. A Marquesa comemora com você”.

Comissão de Frente

A comissão de frente da Brinco da Marquesa, liderada pelo coreógrafo Danilo Pacheco, representou em sua dança a diversão do povo brasileiro nas festas populares. Vestidos de Pierrot e com máscaras de baile na mão, os atores fizeram uma coreografia simples, com movimentos não muito ousados. O costeiro das fantasias, volumosos, acabou atrapalhando em dados momentos da apresentação no primeiro módulo de jurados. Com o tempo, os dançarinos ganharam confiança e foram melhorando na passagem pelos outros módulos, chegando ao quarto com mais harmonia e graciosidade.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

O primeiro casal da Marquesa, formada por Samuel e Juliana Ferreira, apresentou bom desempenho. Houve um pouco de falha no sincronismo nas finalizações dos giros, mas foi possível perceber que a dupla transmitia segurança um para o outro, trocando sorrisos e dançando de forma leve. Destaque para o mestre-sala, que em dados momentos, nas duas cabines em que foram observados, fez um movimento com o pé no próprio eixo, enquanto a porta-bandeira o circundava, o qual parecia que todo o resto do corpo estava estático, impressionando o público. O bailado do dançarino foi contagiante, e mostrou grande potencial de ascender neste mundo tão competitivo dos casais. A porta-bandeira também chamou atenção por sempre manter o pavilhão firme no braço, com giros confiantes e leves, e sem enrolar em nenhum momento em que foi observada.

Harmonia

Foi um quesito deficitário no desfile da Marquesa. A harmonia passou pela Avenida morna, com poucos componentes cantando o samba. A ala que representou a Oktoberfest continha quase uma linha inteira de componentes evoluindo calados e com expressão séria bem em frente ao primeiro módulo de jurados. As graciosas baianas da Marquesa, por outro lado, se destacaram positivamente representando a lavagem do Bonfim e cantando o bom samba da escola.

Enredo

A Brinco da Marquesa trouxe uma concepção plástica muito simples. Isso não significa que tornou o desfile de difícil compreensão. Pelo contrário, a proposta do enredo de falar das festas que ocorrem no Brasil ao longo do ano foi muito bem transmitida pelas alegorias e fantasias, e quem não entendeu o enredo certamente não viu o desfile. Festas de todos os tipos e de todos os cantos do Brasil foram representadas, e nenhuma grande celebração brasileira ficou de fora. Ótimo desempenho da escola nesse quesito.

Evolução

A escola evoluiu com tranquilidade por boa parte do tempo de desfile, porém, houve muitos espaços entre alas. A Marquesa apostou em destaques entre determinadas alas, mas os componentes da linha da frente em geral tinham dificuldades de se manter assim. Se algo foi positivo nisso é que as alas no geral estavam livres para brincar o carnaval. Ao final do desfile, foi percebida uma aceleração no ritmo para fechar os portões aos 48 minutos. Poderiam ter tido mais calma, se for observar pelos três minutos de sobra.

Samba-Enredo

Um samba contagiante, que conta bem o enredo e levanta bem o público mesmo tendo uma pegada leve. É o tipo de obra que dá para ouvir numa lista de reprodução geral de carnaval que ninguém achará ruim. Os refrãos têm uma construção de versos rica, e cumprem seu papel individualmente. A ala musical, liderada pelo intérprete Buiu MT, teve grande atuação e ajudaram a escola a ter grande desempenho no quesito ao longo de todo o desfile.

Fantasias

Como já ressaltado no quesito enredo, as fantasias da Marquesa eram todas muito simples, mas o grande trunfo delas foi a facilidade de leitura. Um copo gigante com chapéus de bandeiras do Brasil e Alemanha é o tipo de fantasia que muitos adorariam vestir em um baile de carnaval. A Festa do Peão de Barretos, muito bem representada por vaqueiros com costeiros de um clássico adesivo de baú de caminhão. Referências para todos os gostos e de todos os lados. Esteticamente, a Marquesa mais divertiu do que impressionou, o que não deixa de ser uma forma de mandar bem em um desfile de carnaval.

Alegorias e Adereços

Dois carros alegóricos de acabamento bem simples, um no começo e outro no fim da escola, ilustraram o desfile da melhor forma que poderiam fazer. O abre-alas, que fez referência a festas religiosas, no geral foi agradável de se ver, mas teve um erro de ortografia em uma das faixas do adorno traseiro, que representava os meses do ano. A que fazia referência ao mês de outubro veio escrita “OTUBRO”, sendo que era explícito que havia espaço ali para a letra que estava faltando. O último carro representou diferentes estilos musicais presentes no carnaval brasileiro, e fez um bom papel de dar desfecho ao desfile da Brinco da Marques.

Outros destaques

A bateria “Fantástica”, liderada pelo mestre Juan Cotto, contribuiu para o clima agradável da celebração da Brinco da Marquesa com bossas pontuais e de bom gosto. A corte da bateria, liderada pela Rainha Thamires, fez sua parte se exibindo com graça, belas fantasias e interagindo com o público constantemente.





Via R7.com

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